segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Deu a lógica


O último final de semana de outubro de 2008 marcou o fim das disputas políticas municipais pelo país, fechando de vez os nomes que comandarão nossos municípios nos próximos 4 anos. Ao contrário de outras disputas passadas a atual não trouxe resultados surpreendentes em Porto Alegre, São Paulo e no Rio de janeiro.


Comecemos pela cidade maravilhosa. Apesar do susto, Eduardo Paes do PMDB derrotou o “verde” e simpático Gabeira. Resultado que apesar de apertado (50,83% x 49,17), era a lógica no Rio.

Já em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, apesar de também não ter ocorrido surpresa no vencedor do certame, o “placar” chamou a atenção. Gilberto Kassab do DEM impôs uma sonora derrota à Marta Suplici do PT (60,72% x 39,28%). Este resultado tem grandes significados políticos, tendo em vista a constante, e decisiva, participação do provável futuro candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, na campanha vitoriosa de Kassab. Este resultado demonstra, pelo menos em um exame preliminar, que a disputa pelo Governo Federal de 2010 apresenta sinais de que será muito disputada.


Por aqui, a lógica se confirmou. E com folgas. Se havia ainda alguma dúvida de que a dinastia petista não existe mais em Porto Alegre, ela acabou por ser fulminada pelo resultado desta eleição. O Partido dos Trabalhadores, depois de 16 anos no poder, amarga a segunda derrota seguida na capital. Pode-se concluir a partir desse resultado, que nos últimos 5 anos ocorreu algum fenômeno que redefiniu a opção política da cidade. De um petismo que parecia imbatível até pouco tempo atrás, verifica-se agora um enfraquecimento muito grande do PT, a ponto da candidata Maria do Rosário, mesmo com LULA ajudando na reta final, não ter nem “chutado a gol” contra a meta de Fogaça, que, por sua vez, ao natural tocou 20% a mais de votos que a petista, confirmando a preferência dos porto-alegrenses pelo “poeta” para os próximos 4 anos.

Acho que era isso para o momento. Análises muito complexas não servem muito agora. Como no futebol, onde o que o que vale mesmo é bola na rede, na política o que vale mesmo é voto na urna e pronto. Programa político parece não estar mais surtindo efeito nas pessoas. Ataques pessoais ao seu oponente parecem surtir efeito inverso. As pessoas não querem mais saber de baixaria eleitoral, querem mesmo é resultados efetivos, sem muito alarde de preferência.

Mais uma eleição se passa. Apesar da desilusão com a política de uma maneira geral, pelo menos, nestes domingos de eleição, se pode sentir aquele agradável ambiente de Democracia nas ruas.

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