quinta-feira, 16 de julho de 2009

Venceu quem teve o espírito


A vitória do Estudiantes significou muito mais que um simples título da Libertadores da América. Uma vez o Historiador Eduardo Bueno disse que a Libertadores não poderia ser disputada por brasileiros, já que nosso país seria o único da América que não passou por um processo revolucionário de libertação. Mas, segundo ele, somente os times gaúchos estariam autorizados a disputar a copa, uma vez que somos, na verdade, Uruguaios, cisplatinos. Mas, deixando de lado essas teorias, a partida de ontem representou exatamente isso. Um time que entendeu o espírito da competição e outro que desde o início do jogo parecia estar jogando um brasileirão. E convenhamos, são duas coisas bem diferentes. O Cruzeiro, no primeiro minuto já demonstrou nervosismo e medo. Seus jogadores, todos brasileiros, tentavam, em vão, cavar faltas a todo momento, principalmente Kléber e o patético Wágner. Do outro lado, um time corajoso, catimbeiro, mas, sobretudo, inteligente. O Estudiantes sob utilizar as artimanhas da Copa com genialidade, contra um time formado só de brasileiros nervosos e ingênuos, liderados por Adilson Batista, que um dia foi capitão de um time que não era, em essência, brasileiro, e por isso ganhou a Libertadores. E Adilson sabia disso.

A Libertadores tem essa importância e essa magia porque ela é uma das poucas competições que ainda não se racionalizaram completamente. Libertadores é diferenciada porque nela ainda vale cutuvelasso, pontapé, porrada. A Libertadores não se ganha com um gol de fora da área, na sorte, mas sim com gol de escanteio. Essa é a essência. Ainda há o estádio pequeno, chuva, o gramado esburacado, a jogada desleal sem o STJD se intrometendo depois. Alguns comentaristas não admitem, dizem que a libertadores mudou, que ela agora é racional. Não concordo. O Estudiantes mostrou ontem, para todo mundo, principalmente para os brasileiros, que a Libertadores da América ainda tem um pouco do encanto de antigamente. Venceu quem teve o espírito. Ainda bem.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Vergonha continental

Os acontecimentos que marcaram o jogo do Grêmio na quinta-feira passada, fora de campo, confirmam algumas teses que, assim como eu, muitos tinham a respeito do atual contexto que cerca a realidade política e futebolística, principalmente no que se refere ao Grêmio.

Primeiro, vejamos os fatos: Centenas de torcedores do Grêmio, que pagaram ingressos, após considerável tempo nas filas durante a semana, foram impedidos de entrar no estádio, apesar de haver sim lugar para todos eles. Mas, além disso, não satisfeitos com essa medida, a Policia, diga-se aqui MILITAR, resolveu bater nas pessoas que ali estavam. Deve-se observar que em sua esmagadora maioria, estes cidadãos somente estavam reivindicando, de forma verbal, um direito deles. E ninguém me contou, eu vi, assisti a patética cena destes militares dando de cacetete em jovens, adultos, e empurrando senhores, todos com suas carteirinhas à mostra. Uma situação absurda. Bom, para piorar ainda mais, ao término do jogo todos estávamos no aguardo de alguma manifestação do nosso educado Presidente. Ora, logicamente, que este gentleman não iria defender o torcedor, e como sempre, fez o “filme” com a mídia gaúcha, que adora uma repressão e proibições, e disse que a Brigada militar deve ter tido seus motivos para agir daquela forma. Claro, evidente, o Lorde estava nos camarotes tomando seu blak label, e nem viu o que acontecia com os sócios do Grêmio. E ainda, completou com uma pérola, que supera até aquelas ditas por Obino, "não tinha obrigação de ganhar o título".

Segundo: Como eu já dizia há muito tempo, ventilou-se agora certas dúvidas a respeito da Lei seca nos estádios. Dúvida? Ora, o que ocorre é lógico. Nunca, nenhuma lei vai conseguir impedir que as pessoas bebam antes de ir ao jogo. No Brasil é permitido beber álcool, e é um direito das pessoas terem lazer. Então, a partir desta Lei midiática e sem eficácia, começou, pelo menos no Olímpico, um fenômeno óbvio. Até pouco antes da Famigerada Lei, os torcedores entravam no estádio uma hora antes, até duas, tranqüilos, já que poderiam curtir uma cervejinha lá dentro. Agora, com essa proibição, uma multidão fica aos arredores bebendo por muito tempo, e bebem até mais do que bebiam antes, já que após entrar no estádio não mais vão poder tomar a ceva. Então, 10 minutos antes do jogo, uma multidão, sai em marcha para as catracas, querendo entrar nas dependências do olímpico, o que, evidentemente, enseja constantes confusões, principalmente em jogos importantes. Então, a conclusão é que esta lei é, de fato, ridícula sem o mínimo de eficácia social, sendo uma medida para dar voto e para receber aplausos dos Lasies Martins de plantão e de alguns cronistas moralistas e falsos politicamente corretos, que não sabem a realidade do torcedor.

Então, hoje no Grêmio, vivemos uma realidade cruel. Temos uma direção Omissa, desorganizada. Uma Brigada Militar apoiada por Duda, truculenta. E ainda, não podemos mais tomar nossa ceva no estádio, e não temos mais a Geral, abandonada pela direção à mercê dos abusos dos "porcos". E ainda sou obrigado a abrir o site do Grêmio e ler a patética frase "seja sócio do Grêmio, clique aqui e veja as vantagens".

sábado, 27 de junho de 2009

A Idade Média da Música

A Idade Média, período histórico que durou cerca de mil anos (século V até XV, aproximadamente), além de diversas características que não vêm ao caso neste post, obteve notoriedade pela obscuridade que se abateu sobre as artes. No geral, observou-se um declinío da criatividade e da inovação, se se comparar com períodos anteriores, como a Antiguidade, por exemplo. Pois estou sustentando, neste Blog, que estamos passando pela Idade Média da música. Não sou historiador, tampouco historiador musical. Porém, o assunto me interessa, já que toco (ou pelo menos tocava) guitarra e a música é uma das grandes paixões da minha vida. Dessa forma, tentarei explicar o porquê da minha inquietação.
É pacífico que a música, no século XX, foi impulsionada pelo movimento negro. Nos anos 40 e 50, nos Estados Unidos, principalmente, observou-se o surgimento de estilos como o jazz, o blues, o folk e o soul. Inicialmente restritos à comunidade negra, esses ritmos foram se disseminando também entre os brancos e passaram a fazer parte da agenda musical norte-americana. Como consequência, os anos 60 testemunharam o surgimento pleno de um dos estilos mais populares de todos os tempos, o rock. Diz-se que Elvis Presley foi o seu grande mentor. No final dessa década, o fenômeno Beatles arrastou multidões por onde passava e tornou-se um ícone para sempre imortalizado.
Estava plantada a semente. Começaram a aparecer diversas bandas que fizeram história, principalmente na Inglaterra. Os anos 70 deram ao mundo Pink Floyd, Led Zeppelin, Rush, The Doors, Deep Purple, Yes, Cream, The Who, AC/DC e mais qualquer outra que vocês puderem lembrar. O rock e suas diversas vertentes estava consolidado. Na mesma toada, os anos 80 também foram dadivosos em termos musicais, ainda que menos que os anteriores. Iron Maiden e Metallica inventaram o heavy metal; o monstro Michael Jackson, infelizmente morto a poucos dias, inventou o pop, jutamente com a Madonna; The Police, Aerosmith, U2 e Guns N'Roses também podem ser citadas como bandas de peso formadas no período.
Chega-se, por consequência, aos anos 90 e 2000, e o que vemos surgir? Absolutamente nada que pudesse se comparar ao que foi produzido nas décadas anteriores. Algumas bandas antes promissoras acabaram, como o Guns e o Nirvana. Outras simplesmente não inovaram mais e tornaram-se obsoletas. As pessoas, ansiosas por ouvir algo diferente, começam a consumir mediocridades como Britney Spears (ressalva para os atributos da cantora), Akon, P. Diddy, Jonas Brothers e sei lá o que mais. Os grandes shows não existem mais. Quando há algum grande espetáculo, é, na maioria das vezes, produzido por artistas oriundos de outras épocas, como Paul McCartney, Rush e The Police. Enfim, percebe-se que há espaços vagos para grandes ícones que não mais existem. A comoção mundial produzida em torno da morte de Michael Jackson só vem a corroborar tais fatos. Apesar do Rei do Pop não produzir algo decente desde Dangerous (início dos anos 90), o mundo sabia que, apesar de todos os desvios pessoais de conduta, Jackson ainda era um artista fenomenal, sendo impossível, nos tempos de hoje, encontrar alguém sequer similar.
O que alenta-nos é que, como tudo na vida, isso vai passar. Tomara que possamos ser agraciados o mais breve possível com um período musical como os anos 70, por exemplo. A Idade Média da música precisa acabar. Enquanto isso, contentemo-nos em assistir os antigos. Eles são infinitamente melhores!

sábado, 13 de junho de 2009

Pink

Grandes leitores do (Gol)pe de Estado, hoje vou direto ao assunto e trago para aqueles que não conhecem um pouco do insuperável Pink Floyd. A música se chama On The Turning Away e é do primeiro cd sem o Waters, vulgo A Momentary Lapse of Reason. O vídeo traz uma versão ao vivo na turnê do Pulse/1994; o interessante, porém, é que foi gravado por alguém da plateia e mesmo assim conserva uma qualidade de som impressionante.
A guitarra do Gilmour está magnífica, como sempre. Não é injustiça alguma dizer que ele é o melhor de todos os tempos. Ninguém conseguiu/consegue colocar tanta emoção nos solos como ele. Além disso, a música é extraordinária!



Aproveitem! Grande abraço a todos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A imprensa esportiva gaúcha e suas análises esquizofrênicas


Não sei se são os meus olhos que geram perspectivas diferentes ou se, simplesmente, eu observo as coisas a partir de um viés postivo. O exemplo disso foi o jogo do Grêmio, pela estréia do campeonato brasileiro de 2009. Ao chegar em casa, acessei alguns sites especializados em esporte, sempre com ênfase "aos daqui", e, para minha surpresa, me deparei com inúmeras análises negativas e calamitosas sobre o jogo do tricolor, vindas de quase todos os repórteres de futebol da RBS. Dentre elas, sobressai as do sempre pessimista Zini Pires e do corneteiro (e secador) Wianey Carlet. O Grêmio, segundo estes cronistas deve rever todos os seus conceitos, inclusive o esquema tático e a titularidade de alguns jogadores. Ou seja, o Grêmio, na estréia do campeonato, teria, segundo eles, protagonizado um episódio trágico de sua história. É a conclusão que tiro das análises dos citados profissionais. Um deles, inclusive, refere que supostos fantasmas estariam de volta ao olímpico!! Hmm? Incrivelmente, esta análise exageradamente negativa do jogo contaminou o restante da imprensa. Confesso que me sinto um pouco perplexo. Assisti a partida das cadeiras, e posso dizer com propriedade: Foi um grande jogo de futebol, ora! Duas grandes equipes se enfrentaram. Um clássico! O Santos tem grandes qualidades, principalmente individuais. Um time rápido, jogadores habilidosos. Fabão e Fabiano Eller na defesa. Neymar, K Pereirea e Madson chegando forte na frente. Bom time. Parece-me totalmente normal o empate: "ah mas o alas não apoiaram" "o Maxi Lopes foi discreto". Não compactuo dessas opiniões. Num jogo de alto nível, como foi, é normal algum setor do time não funcionar bem, como aconteceu com o Santos também. O Grêmio fez uma boa partida, foi competitivo, tem bons jogadores. Levou um gol de falta. Gostei muito jogo. Empatamos, e daí? Acontece. Diferentemente do que foi dito por essa imprensa alarmista, o Grêmio, sim, dá esperanças que pode ser tricampeão da América. Vamos Tricolor!

Enquanto isto, apesar de ter enfrentado os reservas do Corinthias (fato este, mais uma vez, omitido por esta mesma imprensa, e por isso me atenho só ao gol) o Internacional abre com uma vitória o certame. Todavia, marcada pelo gol mais bonito do mundo neste ano. Protagonizado pelo (foda!) craque Nilmar. Gilmar Veloz! Acorda porra!!

sábado, 25 de abril de 2009

Sobre o Internacional

Muito se tem falado sobre o atual time do Internacional. Os torcedores estão eufóricos, a imprensa esportiva dá amplo destaque às atuações do time e os adversários elogiam o Colorado, apontando-o como melhor equipe de futebol do país no momento. Dentro desse quadro, tomo a liberdade de escrever algumas linhas sobre o que penso do momento do Internacional, esperando contribuir para o debate.
Vou começar fazendo uma análise tática de como joga o Colorado. O técnico Tite armou um esquema que se aproxima muito de um 4-4-2 clássico, tendo como principal virtude a troca rápida e precisa de passes. Na defesa, dois zagueiros técnicos e experientes, Índio e Álvaro. Nas laterais, temos Kléber, da Seleção, com uma capacidade muito boa de passe e infiltração e Bolívar, zagueiro de origem, que mais cobre os avanços de Guiñazu e Magrão do que qualquer outra coisa. Mas é no meio que o Colorado possui a sua maior força. Sandro, primeiro-volante moderno, exímio marcador e muito técnico. Ao lado dele, Magrão e Guiñazu, ambos com uma capacidade de contenção muito grande, mas com uma chegada na frente interessante, notadamente o primeiro. Em seguida, D'Alessandro. O camisa 10 clássico, muito raro no futebol contemporâneo. O gringo está jogando muito. Finalmente, o ataque se completa com Taison e Nilmar; o primeiro grande promessa colorada, artilheiro do time em 2009; o segundo dispensa comentários, atormenta qualquer defesa. A mecânica do time gira em torno do meio e do ataque, com uma participação intensa de Magrão e Guinãzu, o diferencial de D'Alessandro, e a velocidade dos dois atacantes. É nesse ponto que o Internacional tem conseguido ganhar os jogos, se aproveitando da qualidade desses jogadores.
Porém, nenhum time é equilibrado e perfeito. Dentro dessa lógica, vemos que a zaga colorada apresenta falhas na bola aérea, especialmente em Álvaro. O zagueiro até que possui um pouco de técnica, mas é baixo e tem uma recuperação de bola lenta. No meu time, seria reserva. Danny Morais e Sorondo, se voltar em forma, são mais zagueiros que Álvaro. Na lateral-direita, Bolívar, o jogador mais contestado do Beira-Rio, apresenta graves defeitos. Mas é bom que se diga que é um zagueiro jogando na lateral. Não é possível se exigir que Bolívar suba e faça jogadas criativas ou cruze com qualidade. É uma improvisação porque não existe um lateral-direito aceitável no Internacional. Os reservas Arílton e Danilo Silva não são melhores que Bolívar. Além do mais, o zagueiro campeão da Libertadores em 2006 guarnece a defesa, já que Magrão e Guiñazu saem bastante. Estes são os motivos que o fazem titular no time de Tite.
Ainda é preciso tecer alguns comentários sobre as circunstâncias dos jogos e atuações do Internacional em 2009. Existem alguns fatos que influenciam, de certa forma, tudo o que está sendo dito sobre o time e eles são facilmente visualizáveis. Em primeiro lugar, os adversários. O Internacional enfrentou apenas um time de primeira divisão este ano, e foi o Grêmio. Obteve 3 vitórias, é verdade. Mas Gre-Nal é um jogo à parte e não serve de parâmetro. O Colorado ainda precisa ser testado. Além disso, as melhores atuações ocorreram em casa. Ano passado, o clube do Beira-Rio vencia seus jogos no Gigante, porém, fora de casa, não conseguia atuar bem. E, do meu ponto de vista, um bom time de futebol é aquele que joga bem dentro e fora de casa. É preciso relembrar que, na Copa do Brasil, o Internacional perdeu para o Rondonópolis, no campo do adversário, e venceu o Guarani, porém com uma atuação ruim.
Portanto, considero os elogios um exagero. Chamar este Internacional de "Rolo Compressor" é, no mínimo, uma precipitação. O time tem potencial, mas ainda é muito cedo para se fazer um comentário definitivo. É preciso ter calma e esperar o restante dos jogos. Além disso, o desempenho do Internacional em 2009 está intimamente ligado à disputa gremista na Libertadores. Uma eventual vitória do Grêmio nessa competição seria algo desastroso para as pretensões coloradas, visto que se trata do ano do centenário. Sequemos, então!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um novo destino ao Grêmio

Ao mesmo tempo que a saída de Celso Roth causa um grande alívio para o torcedor do Grêmio, preocupa-me a possibilidade de que a partir de agora os equivocos mais graves que assolam o atual momento do tricolor sejam esquecidos. A demissão de Celso Roth não é um mérito da Direção, um ato de coragem, ou qualquer coisa deste tipo. Trata-se de uma obrigação, que há muito já se impunha. Mas para Duda e Krieger, coisas óbvias demorarm a ser percebidas. Uma análise um pouco mais inteligente exclui de Celso a culpa integral pelo baixo rendimento da equipe neste ano. Ao contrário, entendo que a culpa pode, inclusive, ser dividida com os homens de futebol, basta olhar para o grupo de jogadores que Grêmio formou. A direção, de forma estúpida, primou pela quantidade, mas esqueceu do óbvio, a qualidade. Fato tranquilamente perceptivel na medida em que nenhum dos jogadores contratados em 2009 estão no rol dos melhores do time. Os que ainda se salvam são remanescentes de 2008, isto é da gestão passada.

Não sei até que ponto o Grêmio, realmente, está quebrado como é constantemente dito pelos dirigentes gremistas. Quem banca R$ 220,00 para um técnico como Celso Roth e paga o mesmo para Maxi Lopes, que fez somente 29 gols na carreira, não parece estar a beira da bancarrota, para mim, isto soa mais a idiotice mesmo.

Falta ao Grêmio um novo modelo de gestão. Mais moderno, jovem. A primeira coisa a fazer e tirar essas múmias que ainda vagam pelos corredores do Olímpico com suas idéias estagnadas. Precisamos de uma Direção ativa, vibrante, inteligente e com visão de futebol. Pelo menos o primeiro passo foi dado, que era demitir Roth, vejamos agora quem será o escolhido para assumir essa bronca. Eu voto por Portalupi mesmo. Acho que a presença dele pode incendiar o ânimo de todos e reconectar time e torcida, fator essencial para uma disputa do porte da Libertadores.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A pátria de chuteiras?


Não sei ao certo quando se consolidou, efetivamente, o processo de exportação em massa de jogadores brasileiros para os clubes europeus. A data certa de tal acontecimento não é o mais importante, o que interessa mesmo é observarmos as consequencias disto. A realidade brasileira talvez seja a mais apta a demonstrar esta despersonalização que vem ocorrendo com os jogadores de futebol. Nossos atletas acabam, por diversas circunstâncias, se transferindo muito cedo para outros países. A grande maioria para a Europa, já que lá é que está o dinheiro. Somando-se a isso, esta nova realidade fez surgir a figura dos "empresários", que mediante negociações obscuras adquirem porcentagens de jogadores e intermediam as vendas destes para os clubes europeus. Assim, os nossos jogadores acabam deixando o país, muitos ainda em tenra idade, deslocando-se para times ricos, sendo que alguns são colocados em clubes em não tão boa situação financeira. Esses jovens se desenvolvem em outros países e acabam perdendo a identidade de brasileiros. O resultado disto já começa a ser flagrante, e é potencializado quando, de tempos em tempos, alguns desses jogadores são convocados a representar o país que há muito tempo eles não têm notícia alguma, momento em que lembram que são brasileiros. Dessa maneira ocorre uma desconexão entre os jogadores e o país que eles representam, gerando o sentimento de que os brasileiros não mais se sentem representados por aqueles que vestem a camisa da seleção, sendo que a recíproca é verdadeira. Tais fatores fizeram com que as pessoas deixassem de ser torcedores da seleção. Fácil perceber a enorme diferença entre jogos do Brasil e dos clubes. Ninguém comemora de verdade gol do Brasil. Eu não comemoro. No máximo um “oh, gol”. Não há qualquer vibração nos churrascos, nos bares, nem mesmo no estádio. Ontem no Beira-rio isto ficou mais claro do que nunca. Estádio com vários espaços vazios. Torcida quieta. Até um certo tédio se abateu no segundo tempo. Não era o Inter nem o Grêmio que estava ali. Não que os jogadores que aqui estão sejam irretocáveis, mas há a identificação, o sentimento, que, infelizmente, não existe mais pela a seleção brasileira. Sinceramente não sei como esta triste realidade pode mudar.

sábado, 14 de março de 2009

O Momento da Dupla

Voltando ao futebol, vou falar um pouco do que penso a respeito do momento da Dupla Gre-Nal.
O Internacional voa em céu de brigadeiro. Após a vitória na Taça Fernando Carvalho e a classificação na Copa do Brasil, o Colorado acertou o pé e começa a jogar um futebol condizente com os recursos aplicados no departamento. O time está escalado e todos sabem qual é. Tenho apenas três restrições ao esquema de Tite e seus escolhidos. Ei-las:
a) Bolívar não é lateral e não pode jogar nesta posição. Danilo já mostrou que é melhor e Arilton merece mais chances para demonstrar seu futebol.
b) Venho sustentando que o Álvaro é lento e baixo para ser zagueiro. Já falhou algumas vezes e acho que deveria sair do time. Danny Morais é mais jogador e até mesmo Sorondo, se eventualmente se recuperar, pode jogar.
c) Acho o esquema com três volantes desequilibrado. No meu ver, Sandro é titular e Guiñazu e Magrão disputam uma posição no meio-campo. O jovem Giuliano, vindo do Paraná, daria mais cadência ao meio Colorado e proporcionaria um companheiro na armação para D'Alessandro.
Em tempo: Andrezinho não é e nunca vai ser craque. Está jogando bem contra times pequenos (fora o Gre-Nal). Quando o Internacional jogar contra o São Paulo, no Morumbi, e o Andrezinho acabar com o jogo, aí sim me chamem para conversar. Como diria um ilustre amigo meu: "O Andrezinho tem a coxa colada".
Por fim, espero que essa boa fase do Internacional se confirme nos jogos que realmente importam, contra verdadeiras equipes de futebol. O desempenho contra o ilustríssimo Rondonópolis foi patético. Os único jogos de verdade ganhos pelo Colorado nesse ano foram os Gre-Nais.
Do lado azul, o Grêmio sofre contestações, mas tem 4 pontos ganhos em 6 disputados na Libertadores. Sinceramente, não vejo motivos para tanta crítica ao Celso Roth. Primeiro porque o grupo do Grêmio tem carências e acredito que o treinador gremista consegue tirar o máximo de seus jogadores. Segundo porque o histórico de Roth nessa passagem no Grêmio o credencia para suplantar eventuais contestações. Ficou em segundo no Brasileirão 2008, mesmo com um time notadamente inferior aos ponteiros de então. Finalmente, em terceiro lugar, porque o Grêmio está priorizando a Libertadores. O GFBPA não quer ganhar o Gauchão, é evidente. Então, por que criticar o técnico quando o clube sofre alguma derrota no entreveiro pampeano? É incoerente.
Entretanto, o grande erro de Roth, e neste ponto sou a favor das críticas, foi ter menosprezado o Gre-Nal, ainda que fosse da "boca pra fora". Roth é da aldeia, já treinou os dois clubes da Capital e sabe das consequências de uma eventual derrota no clássico. Mesmo que estivesse se "vacinando" para algum imprevisto, o treinador foi, no mínimo, ingênuo. Criou uma crise interna desnecessária. Melhor seria se tivesse enaltecido a importância do clássico, ainda que este seja um discurso manjado. Às vezes, o óbvio é o caminho mais sensato. Faltou prudência ao Celso.
Em tempo: o time do Rio Grande é melhor que o Boyacá Chicó, não acham? Além disso, o Jonas só não perde mais gol que o Nilmar... Só que desta vez ele exagerou. Finalmente, que canelada hein Herrera? Sou mais o Alê Menezes...

domingo, 8 de março de 2009

O triste futebol do Grêmio

Mesmo com a estréia de Maxi Lopes no setor ofensivo, o Grêmio não conseguiu vencer o esforçado Santa Cruz nessa tarde de domingo e completou, de forma deprimente, 3 jogos sem vitória. Mais uma vez, o que se viu foi um Grêmio frio, triste, e visivelmente nervoso, principalmente o capitão tcheco. Sinceramente, apesar de ser evidente a parcela de culpa do técnico, não acho que este momento de crise deva ser unicamente imputado ao comandante. A direção gremista tem grande parcela de responsabilidade. Kroef e Krieger são dois omissos, ambos dirigentes de voz serena, de boa retórica, mas sem qualquer atitude concreta no vestiário. São duas almas geladas, sem aquele sentimento que se exige dos homens do futebol. Todavia, apesar disso, na minha opinião, o maior problema está em outro ponto. O Grêmio padece de um dirigente que entenda de jogador, que conheça o mercado da bola. Alguém que tenha um mínimo de senso crítico ao contratar um jogador. Talvez seja essa é a maior diferença entre o Grêmio e o Inter. Há muito tempo que eu não vejo um jogador ruim desembarcar no Beira-Rio, e quando aparece um, ele é rapidamente retirado. No Grêmio parece que ser bom não é exigência para ser contratado. Senão, o que dizer desse Diogo. É impressionante a ruindade desse jogador. Chega a dar pena. Ele não tem nenhuma qualidade. Não é a toa que era criticado no Figueirense. Mas incrivelmente, alguém o indicou para o Grêmio. Quem? Essa pessoa é que tem que ser demitida, porque não entende nada de futebol. Makelele? O cara corre, corre, e não produz nada ao time. Afobado, nervoso, ruim. Mas no Grêmio, é quase titular. Rafael Marques. Contratado como grande "coisa". Péssimo pelo alto (apesar de ser alto!!), precário na saída de bola, zagueiro lento. Este rol de "feridas" contratadas é só exemplificativo, porque no Grêmio, onde um Nunes demora 3 anos para ser mandado embora, jogador ruim tem tratamento diferenciado.

Apesar destas “nabas”, nós ainda temos que aguentar o Maxi Lopes, que nem botou a camisa tricolor, declarar que quer ir embora. É ter que ver esse Alex Mineiro, insosso, dando "migué" no ataque e o Ruy "cabeção" um jogador varzeano, jogando de munhequeira, e rebolando na comemoração dos gols. Jogadores estes que não condizem com o perfil do Grêmio.

A cada jogo do Grêmio nós vemos o sonho da Libertadores ficando mais distante, uma luz no fim do túnel cada vez menor, que se apequena ainda mais diante de tanta decepção e de uma clara dissonância do grupo que aí está com o perfil histórico do Grêmio. Assim torcida e time vão se afastando e os objetivos articulados vão ficando cada vez mais difíceis. Quarta-Feira é o último suspiro de esperança.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Reflexões sobre o Cérebro

É incrível como a mente humana possui uma capacidade extremamente grande de dissimular e modificar as situações cotidianas. É consenso entre os estudiosos do cérebro que o órgão dispõe de muitas faculdades ainda não descobertas e há exemplos por toda parte de casos os quais os cientistas não conseguem explicar. A neurociência é um ramo do conhecimento que cada vez mais ganha admiradores, inclusive este que vos escreve. É preciso dizer que o mais habilitado, dentro do Blog, para falar sobre o assunto, é o Thiago. Ainda assim, tomo a liberdade de pincelar algumas ideias.
Existe uma enfermidade que acomete o cérebro humano que, ao meu ver, é a mais intrigante de todas as que existem: estou falando da esquizofrenia. O doente simplesmente cria acontecimentos que não existem, proporcionando o surgimento de um universo especialmente singular. Um caso muito famoso que acabou se tornando filme foi o de John Nash, matemático norte-americano, vencedor do prêmio Nobel.
A doença, no entanto, apenas serve para demonstrar o tamanho da obscuridade que há no cérebro. Certamente a esquizofrenia não é algo saudável e o paciente deve aprender a controlar os sintomas, os quais afetam a sua razoável compreensão de mundo. Todavia, e se tal potencial fosse usado, conscientemente, para efetivamente modificar a realidade? Quais seriam as consequências que sobreviriam da utilização, seja ela benéfica ou não, de tais habilidades ainda não aclareadas pela ciência? Difícil dizer. A resposta ainda demorará mais algumas gerações.
Nos últimos dias, foi possível acompanhar o caso da brasileira Paula Oliveira na Suíça. Segundo a advogada, homens a atacaram e produziram cortes profundos, resultando na perda de uma suposta gravidez. De acordo com as autoridades suíças, por sua vez, a moça inventou o acontecido, forjando algo que não existiu. O que se mostrava como uma aberração investigativa no início agora parece estar se tornando realidade. A brasileira teria confessado que não estava grávida e colegas relataram que Paula já possuía um histórico de acontecimentos inverídicos. Então, afinal, como deve ser tratada essa pessoa? Como uma criminosa que dissimula fatos e distorce a realidade para se beneficiar? Ou como uma doente que possui problemas psicológicos?
De qualquer forma, está claro que o cérebro humano é impresivisível e ainda há muito para ser descoberto. A neurociência evolui todos os dias e quem sabe um dia a humanidade poderá saber do que a mente é capaz. Aguarde-se.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Fidel" Chávez?


Depois de tanto insistir, finalmente Hugo Chávez atingiu seu grande objetivo. A partir de agora ele poderá tornar-se o Chefe de Estado perpétuo da Venezuela. Isto porque, neste domingo, o povo bolivariano foi as urnas e decidiu pela vitória do "sim" às intenções do presidente Hugo Chávez de aprovar a emenda constitucional que permite a reeleição ilimitada para o cargo de Presidente. Entretanto, pelo que se pode observar nas ruas Venezuelanas, estava em jogo, antes de mais nada, a reeleição ilimitada de Chávez.

Com essa grande vitória, está aberto o caminho para a perpetuação do atual Presidente no poder. Penso que como sistema político, a reeleição ilimitada não é mais adequada, uma vez que, com isso, permite-se que uma mesma pessoa se mantenha como líder absoluto de uma nação por muitos anos, extinguindo o revezamento de idéias, tão importante para o desenvolvimento político de um país e da própria nação.


Todavia, no que tange a legalidade não há como questionar a decisão, já que o próprio povo venezuelano a aprovou. Cumpre rassaltar que a emenda referendada não garante a vitória de Chávez, somente permite que ele dispute a eleição quantas vezes quiser. Claro que de posse da máquina pública, assim como dos meios de comunicação, torna-se bem difícil imaginar um oponente que possa vencê-lo nas futuras eleições Venezuelanas. Entretanto, a despeito destas condutas ditatoriais típicas de Chávez, deve ser observado que a população Venezuelana autorizou a possibilidade da reeleição ilimitada. Assim, soberana a decisão, podendo ser questionada somente no campo ideológico, mas não na seara da legalidade.

No entanto, surge claramente a possibilidade de a América Latina ter novamente, depois de Fidel, um chefe de estado perpetuado no poder. Hugo Chávez, agora, vai poder por em prática aquilo que ele denomina "revolução bolivariana" e implantar de vez o socialismo do século XXI.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

mais divagações sobre futebol

Mal o ano esportivo teve início e o Grêmio já teve de engolir a seco uma derrota em GRENAL. Perder este clássico é muito dolorido, todos nós sabemos como é. Perder um GRENAL jogando melhor é pior ainda. Mas, como eu já escrevi outrora em nosso querido blog, futebol é assim mesmo, caso contrário não haveria graça nenhuma. São estas situações que permitem que este esporte exista há mais de cem anos sem perspectiva de extinção. A derrota serve para isso mesmo, e não estou me referindo ao GRENAL de Erechin. O que move o foot baal é que inexoravelmente sempre alguém perde, e a partir daí surge o sentimento de revanche, que é a mola mestra deste jogo. No ano seguinte quem perdeu pode ganhar e quem tinha sido vencedor no ano anterior vai querer sua revanche, e assim vai a coisa... para sempre. Quando eu sofro por futebol, meu pai, que tem já 55 anos (feitos hoje) sempre diz "Ô Bruno, ano que vem tem de novo, e no outro ano de novo e daqui a 50 anos vai ter de novo". É um ciclo interminável, tipo infinito mesmo. Por exemplo: Eu sabia, um dia o Inter seria campeão do mundo, era inevitável. Libertadores tem todos os anos, desde, sei lá, 1960 acho. Era evidente que um dia o Inter venceria. Um dia todos vão vencer. Vai chegar um momento que a Libertadores vai estar na 100ª edição depois 200ª, entendem, a princípio nunca vai acabar, pois cada título gera um sentimento de alegria em uns e de revanche em muitos, bem do tipo "ah é é, espera ano que vem". Por isso os gremistas estão sedentos para ganhar de novo, cobrando da direção, mesmo já tendo duas taças em casa.
O Grêmio perdeu o GRENAL na bola. Desperdiçou inúmeras chances de gol. Ofereceu um ao Inter, literalmente, e perdeu em uma jogada surpreendente. Tem derrota mais "na bola" que essa? Fica então este sentimento de "ah é é". Quem venha o próximo clássico! Se o Grêmio vencer, muda tudo outra vez. Na verdade... permanece tudo igual, para sempre.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sons

Já que o Blog ampliou as suas fronteiras, vou começar a falar um pouco de outro lance que é muito presente na minha vida: a música. Quando tinha 13 ou 14 anos, ganhei um violão e comecei a tomar aulas com um professor em Rio Grande. Antes disso, a música para mim se resumia ao que meus pais e meus irmão escutavam. Aos 15, ganhei uma guitarra e definitivamente passei a gostar muito de tocar. Participei de algumas bandas e toquei em alguns lugares. Porém, quando entrei na Faculdade, o tempo para praticar foi desaparecendo junto com o tesão. Hoje em dia toco eventualmente em casa, para me divertir.
Meu gosto musical evoluiu (variou, para não chatear alguns) a partir do Hard Rock, passando pelo Heavy Metal, Metal Melódico e Metal Progressivo até chegar no estágio atual, que mostra Blues, Rock Progressivo e Rock Clássico dividindo o topo da lista. O que pretendo fazer aqui no Blog é compartilhar alguns sons que fazem parte do meu dia-a-dia. A música é algo que julgo fundamental para o ser humano; representa a cultura e os costumes de um povo, provoca diferentes pensamentos e sensações; por vezes, retrata um determinado período de vida.
Sem mais delongas, inauguro e parte cultural do Blog com um Blues destruidor. Groaning the Blues, clássico de Otis Rush, é um som imprescindível para quem gosta de Blues. A melhor versão que conheço da música, porém, é tocada por Eric Clapton, no documentário "Nothing but the Blues", dirigido por Martin Scorcese. O "feeling" e a pegada que o inglês empresta à música são de arrepiar. Vejam vocês mesmos:
http://www.youtube.com/watch?v=WxTWQD91b5c

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mudanças

Neste tempo em que fiquei de fora, me foi requisitado que Blog ampliasse o seu "campo de atuação", vamos dizer assim. Algumas pessoas pediram que o (Gol)pe de Estado publicasse textos mais livres, sem a restrição de só poder escrever sobre política e esporte. Assim, depois de conversar com os outros autores, resolvi atender à soliticação.
Portanto, a partir de agora os leitores poderão apreciar textos sobre os mais diversos temas. O debate continua sendo fundamental, mas o mais importante é que tenhamos a liberdade de escrever o que pensamos em determinado momento sobre alguma coisa que nos inquieta. Espero que o Blog se torne mais pessoal e intuitivo, escrevendo não só baseado em fatos, mas também em perspectivas e aferições.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O fim da tortura


O novo Presidente americano Barack Obama nem terminou de guardar suas coisas no salão oval e já mostrou a que veio. Cumprindo alguma de suas promessas de campanha, assinou um Decreto ordenando fechamento da prisão de Guantánamo, localizada em Cuba, no prazo de um ano, bem como o fim de prisões secretas da CIA, além de pedir a saída das tropas americanas do Iraque. Trata-se de uma atitude digna de um Presidente que tomou posse priorizando o lema da mudança. O centro de detenção de Guantánamo era utilizado para prender e "julgar" supostos terroristas, sob o argumento que as Cortes de Justiça americanas não teriam capacidade de julgar este tipo de criminoso. É isso mesmo. Então Bush, em sua "war agaist terror" criou este tribunal de exceção, com juízes de exceção e com uma masmorra própria, onde seres humanos eram torturados e encarcerados sem processo regular e culpa formada. Segundo Bush, ali estavam criminosos perigosíssimos, assim como haviam as tais armas químicas do Iraque. Talvez até existissem realmente alguns potenciais terroristas, mas isso não justifica, nem autoriza qualquer Governo do mundo a institucionalizar a tortura e permitir os julgamentos sem o devido processo legal e ampla defesa, que são direitos fundamentais de todos os seres humanos. Segundo algumas pesquisas, nos casos em que a acusação poderia resultar em pena de morte, a decisão final, acerca da aplicação ou não da pena capital recaia nas mãos do Presidente americano. Estima-se que até hoje já passaram 750 prisioneiros por Guantánamo, sendo que, o Governo americano já liberou ou transferiu para outros países mais de 500 pessoas sem nenhuma acusação formal.
A prisão criada por Bush era uma vergonha para a humanidade. Apesar dos constantes pedidos de organizações internacionais pela defesa de direitos humanos, o ex-presidente americano nunca se importou com a dignidade e com os direitos fundamentais do homem, na verdade ele nem sabe o que isso significa.
Depois dos ataques em 2001, Bush saiu por aí, de posse do exército mais forte do mundo, brincando de justiceiro, como se estivesse em seu rancho no Texas. Botou um chapéu de caubói e foi bombardeando, torturando, matando e criando prisões de tortura, tudo a seu bel prazer.
Nesses primeiros dias de 2009 parece que temos finalmente alguma luz de consciência na casa branca. Esperamos que as mudanças não parem por aí e Obama confirme a esperança de um mundo melhor que ele gerou e prometeu para o mundo durante a sua campanha presidencial. Entretanto, estas medidas iniciais demonstram, pelo menos, em um exame perfunctório, que o novo chefe de estado americano realmente está disposto a corrigir as diversas atrocidades cometidas pelo Governo passado.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Viagra

Estímulo extra pra começar o ano gremista. Frustrados pela patética tentativa de adquirir uma estrela, os dirigentes “azuis” procuram alternativas para “animar a garotada”. E, dentre tantas possíveis, já não tendo mais a mesma graça as velhas “confraternizações” a bordo do Trovão Azul, já não sendo suficiente a disponibilização da tradicional poltrona 36 pra gurizada tricolor “bater uma bolinha”, nosso “alegre” co-irmão chutou o balde !!! (para os juristas por aí, vai a manjada tradução: ‘derramar água no chão pelo tombamento violento e premeditado de seu recipiente’).

É Viagra pros marmanjos! É isso mesmo. Treino, descanso, palestra, pílula azul e cama, só com a gurizada. E os caras nem discretos são! Dão a esfarrapada desculpa de que o tal estimulante sexual seria usado para atenuar os efeitos da altitude...Vá lá que seja verdade... Mas porque não chegar uns dias mais cedo? Investir na logística, como sempre foi feito. Mas não... O velho tricolor, mais que centenário, tem que de tempos em tempos brindar nossa nação com seus, digamos, “conflitos existenciais”.

Resta saber se a torcida vai aderir, e “praticar” a avalanche sob os efeitos da pílula...

Enfim, confiram lá no “globoesporte.com” mais essa do tricolor...

2009

Abandonei o blog nos últimos dias (meses...). Azulei da função... Foi mal, mas agora voltarei ao velho (vagaroso) ritmo neste ano.

E dá-lhe colorado!