sábado, 29 de novembro de 2008

Penúltima Rodada

Com exceção dos clubes que se situam no limbo, ou seja, no meio da tabela, sem ter mais muito o que fazer no campeonato, a não ser que uma "motivação extra" (leia-se "mala preta") se faça presente, a penúltima rodada reserva jogos interessantes tanto na ponta de cima quanto de baixo da classificação. São Paulo x Fluminense, Ipatinga x Grêmio, Cruzeiro x Internacional, Vitória x Palmeiras e Flamengo x Goiás compõem as partidas mais emocionantes, as quais encaminharão a definição do campeão e dos classificados à Copa Libertadores/2009.
O Tricolor paulista, com cinco pontos de vantagem sobre o vice-líder Grêmio, encara o Fluminense em casa. Praticamente livre do rebaixamento, o clube das laranjeiras não tem mais muitas pretensões no campeonato, porém sempre é um adversário difícil, já que conta com jogadores do porte de Wellington Monteiro (O que estão olhando? É um campeão do mundo, oras!). O São Paulo, motivado, com o melhor time do Brasil e o melhor técnico, tem tudo para conquistar o campeonato neste domingo.
Em Minas Gerais, o Grêmio junta os cacos da humilhante goleada que sofreu em Salvador no último final de semana. Apesar da iminente crise interna e da baixa auto-estima acumulada, a fragilidade do adversário e o quase-rebaixamento ensejam uma vitória tranqüila gremista. Vencer em Minas, aliás, dá ao Grêmio o direito de estar em um grupo facílimo na próxima Libertadores, disputando duas vagas com clubes muito inferiores. Isso se faz necessário, já que o Tricolor Gaúcho jogou fora o título do campeonato, depois de liderar por 17 rodadas.
A Raposa vem a Porto Alegre enfrentar o desinteressado Internacional. Os gaúchos estão com as suas atenções voltadas à final da Sul-Americana; dessa forma, é impertativo prever os três pontos para os mineiros. Entretanto, o Cruzeiro é um time de incógnitas; ao mesmo tempo em que faz três a zero no bom time do Grêmio, perde, inexplicavelmente, muito fora de casa. De tal sorte, a lógica ensina que os mineiros vencerão, mas o imponderável (ou a ruindade) parece pairar sobre o céu de Adílson Batista.
O Palmeiras de Luxemburgo visita o papa-aspirantes-ao-título Vitória. Ressabiado com as agressões que sofreu dos torcedores palmeirenses, o técnico parece não ter mais motivação para chegar à Libertadores. Mas o Luxemburgo é sempre o Luxemburgo; os que duvidam dele poderão se surpreender. O maior vencedor dos pontos corridos merece, no mínimo, respeito dos seus adversários. Porém, de longe, o Palmeiras é o clube que terá o desafio mais árduo, definitivamente.
Por fim, o Flamengo, do agressivo cartola Kléber Leite, enfrenta o Goiás no Maracanã. Fico impressionado com a arrogância e intransigência do clube carioca. Como se já não bastasse todas as benesses que desfruta (remarcação de jogos para o Maracanã, quotas de televisão mais altas, grande influência na CBF,...), o clube carioca tenta destruir a carreira do melhor árbitro do Brasil, Carlos Simon, mesmo depois de provada a inexistência do pênalti sobre Diego Tardelli. À parte disso, os cariocas devem vencer os goianos no Maracanã, empurrados pelos seus torcedores.
É isso camaradas. Bom final de semana para todos.
P.S.: parece que quarta-feira já terei um motivo para voltar a falar do Internacional...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

PELA VOLTA DO VELHO GRÊMIO


A despeito da bela vitória colorada na quarta-feira, penso que o fato esportivo que merece uma análise mais minuciosa (pelo menos de minha parte) é a derrota do Grêmio para o sofrível time do Vitória. Não sei se o Grêmio se sagraria campeão nacional caso confirmasse a vitória sobre os baianos, haja vista que o São Paulo venceu o Vasco, e em São Januário. Todavia, caso o tricolor tivesse logrado êxito no domingo que se passou, os gremistas poderiam, pelo menos, constatar que havia sangue correndo nas veias dos jogadores. Ora. É óbvio que o Grêmio, tecnicamente (e isso é meio caminho andando) era melhor do que o Vitória. Não é atoa a diferença de pontos entre as duas equipes. O que houve? Terá sido somente o Heber o responsável pela derrota? Penso que não. Faltou mesmo sangue e indignação do time. Eis aqui a questão diferencial entre o time campeão e o não campeão. Quando duas equipes decidem um campeonato, é lógico que, pelo menos a princípio, elas se equivalem, mesmo que um time seja melhor do que o outro em termos técnicos. Então, o que decide? Na minha visão, a sorte evidentemente tem sua contribuição, a qualidade individual também, mas em uma final, entendo que o que vale mesmo é a motivação. O time que pôr mais garra, mais raça, que corra mais, que mostre indignação com a adversidade, tem muito mais chance de vencer. Um time sente quando o seu adversário está motivado. O náutico sentiu isso a exatamente há 3 anos atrás. Aquele time, apesar das limitações e da sorte, se negou a perder, mesmos com 4 jogadores a menos e um penalti contra. Era um time fantástico? A motivação faz diferença. O Vitória percebeu que ali estava um time conformado, preguiçoso e sem indignação. Lembremos que o São Paulo também sofreu o empate em São Januário, e como acabou? Esse time atual do Grêmio demonstrou, em inúmeras oportunidades, depressão quando leva um gol. Isso é inaceitável para quem que ousa dizer que é candidato a título. Se é assim. Não é candidato, portanto.
O retrato disso é o discurso do Grêmio acerca de seu próximo adversário, o Ipatinga. "ah mas eles ganharam do Inter", "ah, eles complicam em casa". Que insegurança é essa, meu Deus? O Grêmio é vice-líder e eles são lanternas, já rebaixados. Retranca contra o Ipatinga? "Um pontinho é bom" cheguei a escutar. Inaceitável. Patético. A vitória é mais que obrigação. É um compromisso com a história de um clube que ostentou o rótulo de copeiro. Que já dominou o mundo e levantou duas copas libertadores, sendo que uma delas, trocando socos e pontapés e erguendo a América sujo de sangue. Esse é o Grêmio que nos acostumamos a amar e que precisa voltar.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cotas Raciais

Correria de final de semestre é complicado, provas e mais provas. Dessa forma, não tenho conseguido postar muita coisa, mas a calmaria está por vir. Mesmo assim, gostaria de fazer um sucinto registro de uma notícia veiculada hoje no país.
O governo pretende implantar cotas raciais na percentagem de 50% para estudantes negros nas universidades públicas. Isso mesmo. Pasmem. Pois foi o que aconteceu comigo quando tomei conhecimento do projeto.
A minha opinião sobre o assunto é singela: cotas são toleráveis desde que momentâneamente e para a população de baixa renda, NUNCA baseada em questões raciais. É verdade que, no Brasil, a maioria da população negra confunde-se com os pobres. Mesmo assim, é intolerável que façamos distinções de cor como critério de ingresso na Academia.
Sou um adepto da meritocracia. Acredito que as pessoas devem crescer profissionalmente por seus próprios méritos. Repudio qualquer tentativa de fraudar o esforço e o talento de alguém. Patindo dessa lógica, é notório que só haverá uma maior mobilidade social no Brasil quando uma profunda reforma educacional de no mínimo 20 anos for feita. Só assim negros e pobres poderão ter acesso aos instrumentos disponibilizados aos brancos.
Até que isso aconteça, as cotas são TOLERÁVEIS, não mais do que isso. Todavia, o fato não autoriza o governo brasileiro a semear o racismo numa sociedade gravada por lutas étnicas históricas. Por isso tudo, espero que o bom senso predomine e o projeto seja ao menos modificado, quando não for possível a sua extinção.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Tudo se decide no domingo....

O último capítulo deste notável brasileirão passa pela tarde do próximo domingo. Tudo será decidido, simultaneamente, em Salvador e no Rio de Janeiro. É a última cartada a viabilizar para o tricolor o tão sonhado título de tri-campeão brasileiro. O Grêmio enfrenta o Vitória, provavelmente sem Réver, pois o recurso da decisão do STJD que o suspendeu, já há algum tempo, será julgado, e, desde a perspectiva de um clube periférico, tenho que não há como evitar que a decisão seja confirmada, ou quiçá diminuída, mas absolvição (única possibilidade de ele estar em campo), confesso que não acredito. O adversário é uma incógnita. Não se sabe qual o estado anímico do Vitória para domingo. Será que Mancini irá preparar uma concentração motivacional especial, uma vez que renegado pelo seu, agora, adversário? Sobre isso, sou obrigado a concordar com o Guerrinha (de quem tenho verdadeiro asco, pela sua constante arrogância) quando refere que, se o time tem bala na agulha, o adversário, mesmo motivado, vai perder motivado. E é isso que se espera do Grêmio. Que se imponha contra o Vitória, mesmo fora de casa. Seja inteligente, paciente. Sobretudo exigimos atitude de campeão.

No que se refere ao adversário direto pelo título, o Visa-$ão Paulo FC, tem um compromisso nada agradável Domingo que vem. Enfrenta o vaixxcão, em pleno São Januário, que se localiza em um subúrbio do Rio. Será, com certeza, uma guerra. Talvez o jogo represente mais importância para o Vasco do que para o $ão Paulo. É a última chance do ex-time de Eurico Miranda permanecer na 1ª divisão. Um derrota em casa agora seria mortal para as pretensões vascaínas. A segunda divisão significa uma crise histórica, e até perigosa do ponto de vista físico dos jogadores que lá estão, e invariavelmente representará a crise total das finanças do clube cruz maltino. A situação por lá se transformaria em uma calamidade. Por isso creio que o Vasco tem condições de vencer os bambis, mas só em um ambiente sobrenatural, de guerra mesmo, extra campo forte, etc. Nada que não ocorra sempre, em jogos desta importância, no caldeirão de São Januário.

Penso que tudo se decide domingo, pois o Fluminense, que luta para não cair para segunda divisão, adversário seguinte do São Paulo, que representava uma tênue (mas possível) esperança de crime no Morumbi na penúltima rodada, não mais enfrentará os bambis em tal situação. Explico (não sei nem se preciso). O Internacional, já eliminado de tudo o que interessa no brasileirão, de olhos inteiramente voltados ao eletrizante torneio sudamericano de futebola, é o próximo adversário do Fluminense!!! Logicamente (se a situação fosse inversa faria o mesmo), o Inter entregará, assim como fez contra o $ão Paulo, e o Fluminense vai jogar de sangue bem mais morno contra o São Paulo, pois, além de já estar com 43 pontos (a matemática diz que com 44 é certo que não cai) tem, na última rodada um “desafio” tremendo, o Ipatinga, no maracanã. Portanto, esqueçam o tal Fluminense desesperado contra os paulistas, que era a nossa (pen)última esperança, caso a guerra de São Januário seja perdida e o Grêmio não vença o time do motivado Mancini.

O campeonato está pegando fogo e o Grêmio pode sim ser campeão, mas para sonhar com isso, temos que vencer os últimos jogos, principalmente o jogo que vem aí, contra o Vitória do magoado Mancini, que virá com tudo, motivado. Espero que o Grêmio faça valer a sua posição no campeonato e conceda aos Baianos a honra de perderem bem motivados, chorando sangue se preciso. Mas, por favor, eu só quero 3 pontos...

Ps. Força Vaixxxcao!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A batalha do marketing

Do populismo ufanista e nacionalista da era Abel ao “european-arabian dream” da era Tite. O colorado deixou de ter um grupo mobilizado para sua nação e vive um momento “ponte aérea”, onde é visível a vontade de muitos de fazer a vida lá fora, o mais rápido possível. Contexto permeado por contratações equivocadas, dentro e fora de campo.
Exceto Guiñazu, que realizaria um trabalho assistencial na África miserável ou de recolhimento de corpos na Guerra do Iraque com a mesma dedicação mostrada em campo, a todos se aplica, a meu ver, a triste realidade.
De outra parte, sem alardes, ou melhor, apesar de muitas previsões catastróficas, o G.F.P.A apresenta-se, faltando quatro rodadas para o término do Brasileiro, como o favorito ao título, pela seqüência de jogos e, especialmente, pelo inevitável momento criado pela vitória contra o perturbado Palmeiras.
Não nego estas realidades. O momento é do rival, desde 2007, é bom que se diga. E apesar de jamais respeitar a concepção de futebol (?) instalada na mente dos gremistas, a direção tricolor contratou muito bem, a preparação física mostrou-se competente e houve durante um tempo um esquema tático simples, porém “houve um esquema tático” é coisa rara no futebol brasileiro. Nos lados do Gigante, muita vaidade, muita preocupação com a maldita coroa, com o letreiro “FIFA”, entre outras atitudes que mais lembram um gurizote ao perder o cabaço (com notável atraso). Enfim, lamentável.
E isto desenha o final de 2008. O G.F.P.A luta pelo título brasileiro; o colorado pela sul-americana.
Mas eis que aos gremistas não basta o seu momento. É preciso alfinetar o rival, como dizem os mais velhos
Nesta arte, entretanto, devemos sempre olhar para nossos flancos.
Duda Mendonça elegeu Lula presidente do Brasil em 2002. Claro, Lula, como o próprio Mendonça declarou, não era um produto tão difícil de ser vendido. Com biografia intacta (Mendonça já trabalhou para o Maluf...), foi só serrar os dentes, colocar um terno alinhado, deixar a barba grisalha pra dar um tom “natalino”, uma ou outra correção facial e pronto. O populismo vinha de fábrica, com o português ninguém se importa, e, como se não bastasse tudo isso, os vendedores iam de porta em porta com mais, digamos, voracidade do que os tucanos. É bom lembrar que o adversário tinha constante aparência enferma...
Brilhante mesmo é transformar um título de série B, conquistado de forma suja, violenta e vil, em DVD, pôster, carro de bombeiros e muita festa. “A Batalha dos Aflitos” é uma aula de marketing, onde chutes num árbitro e invasão de campo são transformados em falso heroísmo, para uma nação entorpecida (ou, quem sabe, cúmplice da palhaçada).
E não faltou conivência da imprensa gaúcha, ao exaltar o dito “feito”, contra o empobrecido, mas esforçado, Náutico.
O G.F.P.A, time de grandes empresários com grandes contas bancárias, ao cair teve toda a ajuda possível. Na sua passagem pela série B, enfrentando times miseráveis, com estádios mais insalubres que o seu, mostrou-se vacilante em diversos momentos. Ao subir, fez sua obrigação.
É vergonhoso subir daquela maneira. Aliás, é vergonhoso cair. E tudo isto o G.F.P.A fez, e transformou em DVD, cinema e orgulhou-se ao ver passar na Sportv.
A sul-americana oferece um título e uma passagem pra Recopa. É a raspa da América Latina, mas são títulos internacionais, que conferem visibilidade. Dão até algum dinheiro, embora pouco. A sul-americana visa a Recopa, para o confronto com o campeão da Libertadores. Pela proposta, seria incoerente oferecer a vaga na principal competição. Mas tal qual a Copa do Brasil, deveria também ser disputada pelos clubes que disputam a Libertadores (problema brasileiro, diga-se).
É uma competição que deveria melhorar ou ser extinta. Maior premiação, mais visibilidade internacional e uma unificação dos calendários dos latinos seria um começo.
De qualquer forma, o Inter deverá ter imensas dificuldades no México, e Argentino Juniors e Estudiantes estão com força máxima. Daqui pra frente, será pedreira.
Com “A batalha dos Aflitos” o G.F.P.A estabeleceu um novo paradigma. Até torneio de botão pode ser festejado. Jogue paciência no computador, e saia pela rua buzinando. Se golear no pebolim, faça um DVD.
Assim, caso o colorado vença a sul-americana, nosso marketing deve estar atento. Preparem shows, especiais, convidem Falcão e Fernandão para dar depoimentos. Alguém poderia chorar inclusive. Vale tudo. Inclusive lembrar que a taça, se viver, tem a marca da eliminação do rival, ainda que contra seus reservas e com dois empates. Afinal, depois da “A Batalha dos Aflitos”, não há mais pudor.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O "Duda Mendonça" Colorado

De fora de todas as disputas relevantes do principal campeonato nacional, o Internacional, que há dois anos se preparava para o mundial de clubes, volta todas a suas atenções para a copa sudamericana. Até aí tudo bem, já que não há mais pretensões no brasileirão deste ano. Entretanto algumas questões devem ser analisadas. Infelizmente, a copa sul-americana (que já foi taça conmebol, supercopa e copa mercosul) nunca conseguiu ganhar o coração dos torcedores do nosso continente. A intenção é que a sul-americana equivalesse a copa da UEFA, que na Europa conta com grande prestígio. Na minha opinião, se a conmebol realmente quiser conferir a este torneio alguma valia, o campeão deve ser premiado com uma vaga para a Libertadores do ano seguinte. Pronto! Ou, quem sabe, modificar a data da disputa, trazendo-a para a mesma época em que se disputa a Libertadores. Nem a premiação é boa. Mas até hoje não ocorreram mudanças com a finalidade de abrilhantar a competição fazendo com que ela seja anualmente renegada pelos clubes. Entretanto, o Internacional está na disputa e assim como ocorreu na copa Dubaiana e na recopa, os marketeiros do Inter (vale ressaltar, muito competentes) estão tentando de tudo para fazer com que o torneio, agora, ganhe alguma importância. Deve-se notar que todos os times brasileiros, menos o Inter, colocaram os suplentes para a essa disputa. O Boca Juniors, eliminado pelo colorado, também disputou o torneio com os reservas, "detalhe" este que foi pouco lembrado pela imprensa gaúcha. Em suma: para a maioria dos clubes a sul-americana não é a prioridade, claro, até o momento em que não sobre nada mais para disputar. A questão é que do dia para noite, a antes renegada competição, uma vez que o próprio Inter colocou os reservas contra a U. Católica, passou a ser citada juntamente com termos do tipo “façanha", "guerra", "épico". Bem coisa do Duda Mendonça colorado. O mesmo que incrivelmente conseguiu fazer do "título" de Dubai contabilizável como "títulos do Inter de 2008".
A verdade é que a sul-americana, infelizmente, não vale absolutamente nada. Por incompetência da conmebol, conforme já referido. Mas, apesar disso, tenho certeza que no final do ano teremos uma grande final no Beira-rio, enfeitada pelo marketing competente do Inter, a ponto de ter alguns dirigentes bradando que o “épico” título conquistado na “guerra” da copa sul-americana vale mais que uma vaga para a Libertadores. E vai ter gente que vai acreditar! Palmas para o Duda colorado por mais essa "façanha". Ele merece.

sábado, 8 de novembro de 2008

Acontecimentos

Devido ao alto número de fatos relevantes que aconteceram nos últimos dias, vou tentar comentar todos os assuntos sucintamente, a fim de delimitar idéias gerais sobre os tópicos. Vamos lá:
- Barack Obama é o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, um dos países mais racistas do planeta. Obama é mais que um presidente, ele entra para a história como um mito. Será para sempre lembrado, independente do seu governo. Evidente que a população deposita grande esperança em Obama, mas só o fato de chegar à presidêncoa o alinha com os grandes personagens da história norte-americana, como Abraham Lincoln, Martin Luther King e John Kennedy. Resta saber se a gerência do Executivo norte-americano que Obama irá praticar satisfará as expectativas gerais.
- O São Paulo ganhou hoje da Portuguesa e reverteu o quadro anterior que citei no Blog; passa a ser agora o favorito para ganhar a competição. O futebol apresentado, os dois títulos anteriores e a estrutura do clube do Morumbi o credenciam para a façanha. Enquanto isso, no Olímpico, o Grêmio se afunda em protestos de torcedores, lesões, suspensões e discussões entre seus quadros. Tudo isso, porém, mudaria de figura com a uma vitória amanhã sobre o Palmeiras, em São Paulo. Vamos ver como se comportará o time de Celso Roth.
- O G-20 se reúne em São Paulo, mais precisamente no Hotel Hilton, para discutir a crise financeira que abala o sistema de crédito mundial. Os países emergentes (BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China) reclamam uma maior participação nas decisões realmente importantes tomadas pelos agentes econômicos estatais; além disso, o Brasil também espera que o BRIC tenha assento no G-7, grupo dos sete países mais ricos do mundo. O diretor do Banco Mundial disse que concorda com a idéia. Entretanto, teria legitimidade para palpitar em deliberações mundiais juntamente com líderes de países como França e Alemanha um país com tantos problemas como os nossos? Não acredito.
P.S.: assertiva exposta no discurso do G-20 do nosso Presidente: "O princípio da não-intervenção do Estado na economia fracassou".