sábado, 14 de março de 2009

O Momento da Dupla

Voltando ao futebol, vou falar um pouco do que penso a respeito do momento da Dupla Gre-Nal.
O Internacional voa em céu de brigadeiro. Após a vitória na Taça Fernando Carvalho e a classificação na Copa do Brasil, o Colorado acertou o pé e começa a jogar um futebol condizente com os recursos aplicados no departamento. O time está escalado e todos sabem qual é. Tenho apenas três restrições ao esquema de Tite e seus escolhidos. Ei-las:
a) Bolívar não é lateral e não pode jogar nesta posição. Danilo já mostrou que é melhor e Arilton merece mais chances para demonstrar seu futebol.
b) Venho sustentando que o Álvaro é lento e baixo para ser zagueiro. Já falhou algumas vezes e acho que deveria sair do time. Danny Morais é mais jogador e até mesmo Sorondo, se eventualmente se recuperar, pode jogar.
c) Acho o esquema com três volantes desequilibrado. No meu ver, Sandro é titular e Guiñazu e Magrão disputam uma posição no meio-campo. O jovem Giuliano, vindo do Paraná, daria mais cadência ao meio Colorado e proporcionaria um companheiro na armação para D'Alessandro.
Em tempo: Andrezinho não é e nunca vai ser craque. Está jogando bem contra times pequenos (fora o Gre-Nal). Quando o Internacional jogar contra o São Paulo, no Morumbi, e o Andrezinho acabar com o jogo, aí sim me chamem para conversar. Como diria um ilustre amigo meu: "O Andrezinho tem a coxa colada".
Por fim, espero que essa boa fase do Internacional se confirme nos jogos que realmente importam, contra verdadeiras equipes de futebol. O desempenho contra o ilustríssimo Rondonópolis foi patético. Os único jogos de verdade ganhos pelo Colorado nesse ano foram os Gre-Nais.
Do lado azul, o Grêmio sofre contestações, mas tem 4 pontos ganhos em 6 disputados na Libertadores. Sinceramente, não vejo motivos para tanta crítica ao Celso Roth. Primeiro porque o grupo do Grêmio tem carências e acredito que o treinador gremista consegue tirar o máximo de seus jogadores. Segundo porque o histórico de Roth nessa passagem no Grêmio o credencia para suplantar eventuais contestações. Ficou em segundo no Brasileirão 2008, mesmo com um time notadamente inferior aos ponteiros de então. Finalmente, em terceiro lugar, porque o Grêmio está priorizando a Libertadores. O GFBPA não quer ganhar o Gauchão, é evidente. Então, por que criticar o técnico quando o clube sofre alguma derrota no entreveiro pampeano? É incoerente.
Entretanto, o grande erro de Roth, e neste ponto sou a favor das críticas, foi ter menosprezado o Gre-Nal, ainda que fosse da "boca pra fora". Roth é da aldeia, já treinou os dois clubes da Capital e sabe das consequências de uma eventual derrota no clássico. Mesmo que estivesse se "vacinando" para algum imprevisto, o treinador foi, no mínimo, ingênuo. Criou uma crise interna desnecessária. Melhor seria se tivesse enaltecido a importância do clássico, ainda que este seja um discurso manjado. Às vezes, o óbvio é o caminho mais sensato. Faltou prudência ao Celso.
Em tempo: o time do Rio Grande é melhor que o Boyacá Chicó, não acham? Além disso, o Jonas só não perde mais gol que o Nilmar... Só que desta vez ele exagerou. Finalmente, que canelada hein Herrera? Sou mais o Alê Menezes...

domingo, 8 de março de 2009

O triste futebol do Grêmio

Mesmo com a estréia de Maxi Lopes no setor ofensivo, o Grêmio não conseguiu vencer o esforçado Santa Cruz nessa tarde de domingo e completou, de forma deprimente, 3 jogos sem vitória. Mais uma vez, o que se viu foi um Grêmio frio, triste, e visivelmente nervoso, principalmente o capitão tcheco. Sinceramente, apesar de ser evidente a parcela de culpa do técnico, não acho que este momento de crise deva ser unicamente imputado ao comandante. A direção gremista tem grande parcela de responsabilidade. Kroef e Krieger são dois omissos, ambos dirigentes de voz serena, de boa retórica, mas sem qualquer atitude concreta no vestiário. São duas almas geladas, sem aquele sentimento que se exige dos homens do futebol. Todavia, apesar disso, na minha opinião, o maior problema está em outro ponto. O Grêmio padece de um dirigente que entenda de jogador, que conheça o mercado da bola. Alguém que tenha um mínimo de senso crítico ao contratar um jogador. Talvez seja essa é a maior diferença entre o Grêmio e o Inter. Há muito tempo que eu não vejo um jogador ruim desembarcar no Beira-Rio, e quando aparece um, ele é rapidamente retirado. No Grêmio parece que ser bom não é exigência para ser contratado. Senão, o que dizer desse Diogo. É impressionante a ruindade desse jogador. Chega a dar pena. Ele não tem nenhuma qualidade. Não é a toa que era criticado no Figueirense. Mas incrivelmente, alguém o indicou para o Grêmio. Quem? Essa pessoa é que tem que ser demitida, porque não entende nada de futebol. Makelele? O cara corre, corre, e não produz nada ao time. Afobado, nervoso, ruim. Mas no Grêmio, é quase titular. Rafael Marques. Contratado como grande "coisa". Péssimo pelo alto (apesar de ser alto!!), precário na saída de bola, zagueiro lento. Este rol de "feridas" contratadas é só exemplificativo, porque no Grêmio, onde um Nunes demora 3 anos para ser mandado embora, jogador ruim tem tratamento diferenciado.

Apesar destas “nabas”, nós ainda temos que aguentar o Maxi Lopes, que nem botou a camisa tricolor, declarar que quer ir embora. É ter que ver esse Alex Mineiro, insosso, dando "migué" no ataque e o Ruy "cabeção" um jogador varzeano, jogando de munhequeira, e rebolando na comemoração dos gols. Jogadores estes que não condizem com o perfil do Grêmio.

A cada jogo do Grêmio nós vemos o sonho da Libertadores ficando mais distante, uma luz no fim do túnel cada vez menor, que se apequena ainda mais diante de tanta decepção e de uma clara dissonância do grupo que aí está com o perfil histórico do Grêmio. Assim torcida e time vão se afastando e os objetivos articulados vão ficando cada vez mais difíceis. Quarta-Feira é o último suspiro de esperança.