A Idade Média, período histórico que durou cerca de mil anos (século V até XV, aproximadamente), além de diversas características que não vêm ao caso neste post, obteve notoriedade pela obscuridade que se abateu sobre as artes. No geral, observou-se um declinío da criatividade e da inovação, se se comparar com períodos anteriores, como a Antiguidade, por exemplo. Pois estou sustentando, neste Blog, que estamos passando pela Idade Média da música. Não sou historiador, tampouco historiador musical. Porém, o assunto me interessa, já que toco (ou pelo menos tocava) guitarra e a música é uma das grandes paixões da minha vida. Dessa forma, tentarei explicar o porquê da minha inquietação.
É pacífico que a música, no século XX, foi impulsionada pelo movimento negro. Nos anos 40 e 50, nos Estados Unidos, principalmente, observou-se o surgimento de estilos como o jazz, o blues, o folk e o soul. Inicialmente restritos à comunidade negra, esses ritmos foram se disseminando também entre os brancos e passaram a fazer parte da agenda musical norte-americana. Como consequência, os anos 60 testemunharam o surgimento pleno de um dos estilos mais populares de todos os tempos, o rock. Diz-se que Elvis Presley foi o seu grande mentor. No final dessa década, o fenômeno Beatles arrastou multidões por onde passava e tornou-se um ícone para sempre imortalizado.
Estava plantada a semente. Começaram a aparecer diversas bandas que fizeram história, principalmente na Inglaterra. Os anos 70 deram ao mundo Pink Floyd, Led Zeppelin, Rush, The Doors, Deep Purple, Yes, Cream, The Who, AC/DC e mais qualquer outra que vocês puderem lembrar. O rock e suas diversas vertentes estava consolidado. Na mesma toada, os anos 80 também foram dadivosos em termos musicais, ainda que menos que os anteriores. Iron Maiden e Metallica inventaram o heavy metal; o monstro Michael Jackson, infelizmente morto a poucos dias, inventou o pop, jutamente com a Madonna; The Police, Aerosmith, U2 e Guns N'Roses também podem ser citadas como bandas de peso formadas no período.
Chega-se, por consequência, aos anos 90 e 2000, e o que vemos surgir? Absolutamente nada que pudesse se comparar ao que foi produzido nas décadas anteriores. Algumas bandas antes promissoras acabaram, como o Guns e o Nirvana. Outras simplesmente não inovaram mais e tornaram-se obsoletas. As pessoas, ansiosas por ouvir algo diferente, começam a consumir mediocridades como Britney Spears (ressalva para os atributos da cantora), Akon, P. Diddy, Jonas Brothers e sei lá o que mais. Os grandes shows não existem mais. Quando há algum grande espetáculo, é, na maioria das vezes, produzido por artistas oriundos de outras épocas, como Paul McCartney, Rush e The Police. Enfim, percebe-se que há espaços vagos para grandes ícones que não mais existem. A comoção mundial produzida em torno da morte de Michael Jackson só vem a corroborar tais fatos. Apesar do Rei do Pop não produzir algo decente desde Dangerous (início dos anos 90), o mundo sabia que, apesar de todos os desvios pessoais de conduta, Jackson ainda era um artista fenomenal, sendo impossível, nos tempos de hoje, encontrar alguém sequer similar.
O que alenta-nos é que, como tudo na vida, isso vai passar. Tomara que possamos ser agraciados o mais breve possível com um período musical como os anos 70, por exemplo. A Idade Média da música precisa acabar. Enquanto isso, contentemo-nos em assistir os antigos. Eles são infinitamente melhores!
sábado, 27 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
Pink
Grandes leitores do (Gol)pe de Estado, hoje vou direto ao assunto e trago para aqueles que não conhecem um pouco do insuperável Pink Floyd. A música se chama On The Turning Away e é do primeiro cd sem o Waters, vulgo A Momentary Lapse of Reason. O vídeo traz uma versão ao vivo na turnê do Pulse/1994; o interessante, porém, é que foi gravado por alguém da plateia e mesmo assim conserva uma qualidade de som impressionante.
A guitarra do Gilmour está magnífica, como sempre. Não é injustiça alguma dizer que ele é o melhor de todos os tempos. Ninguém conseguiu/consegue colocar tanta emoção nos solos como ele. Além disso, a música é extraordinária!
Aproveitem! Grande abraço a todos.
A guitarra do Gilmour está magnífica, como sempre. Não é injustiça alguma dizer que ele é o melhor de todos os tempos. Ninguém conseguiu/consegue colocar tanta emoção nos solos como ele. Além disso, a música é extraordinária!
Aproveitem! Grande abraço a todos.
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