sábado, 27 de junho de 2009

A Idade Média da Música

A Idade Média, período histórico que durou cerca de mil anos (século V até XV, aproximadamente), além de diversas características que não vêm ao caso neste post, obteve notoriedade pela obscuridade que se abateu sobre as artes. No geral, observou-se um declinío da criatividade e da inovação, se se comparar com períodos anteriores, como a Antiguidade, por exemplo. Pois estou sustentando, neste Blog, que estamos passando pela Idade Média da música. Não sou historiador, tampouco historiador musical. Porém, o assunto me interessa, já que toco (ou pelo menos tocava) guitarra e a música é uma das grandes paixões da minha vida. Dessa forma, tentarei explicar o porquê da minha inquietação.
É pacífico que a música, no século XX, foi impulsionada pelo movimento negro. Nos anos 40 e 50, nos Estados Unidos, principalmente, observou-se o surgimento de estilos como o jazz, o blues, o folk e o soul. Inicialmente restritos à comunidade negra, esses ritmos foram se disseminando também entre os brancos e passaram a fazer parte da agenda musical norte-americana. Como consequência, os anos 60 testemunharam o surgimento pleno de um dos estilos mais populares de todos os tempos, o rock. Diz-se que Elvis Presley foi o seu grande mentor. No final dessa década, o fenômeno Beatles arrastou multidões por onde passava e tornou-se um ícone para sempre imortalizado.
Estava plantada a semente. Começaram a aparecer diversas bandas que fizeram história, principalmente na Inglaterra. Os anos 70 deram ao mundo Pink Floyd, Led Zeppelin, Rush, The Doors, Deep Purple, Yes, Cream, The Who, AC/DC e mais qualquer outra que vocês puderem lembrar. O rock e suas diversas vertentes estava consolidado. Na mesma toada, os anos 80 também foram dadivosos em termos musicais, ainda que menos que os anteriores. Iron Maiden e Metallica inventaram o heavy metal; o monstro Michael Jackson, infelizmente morto a poucos dias, inventou o pop, jutamente com a Madonna; The Police, Aerosmith, U2 e Guns N'Roses também podem ser citadas como bandas de peso formadas no período.
Chega-se, por consequência, aos anos 90 e 2000, e o que vemos surgir? Absolutamente nada que pudesse se comparar ao que foi produzido nas décadas anteriores. Algumas bandas antes promissoras acabaram, como o Guns e o Nirvana. Outras simplesmente não inovaram mais e tornaram-se obsoletas. As pessoas, ansiosas por ouvir algo diferente, começam a consumir mediocridades como Britney Spears (ressalva para os atributos da cantora), Akon, P. Diddy, Jonas Brothers e sei lá o que mais. Os grandes shows não existem mais. Quando há algum grande espetáculo, é, na maioria das vezes, produzido por artistas oriundos de outras épocas, como Paul McCartney, Rush e The Police. Enfim, percebe-se que há espaços vagos para grandes ícones que não mais existem. A comoção mundial produzida em torno da morte de Michael Jackson só vem a corroborar tais fatos. Apesar do Rei do Pop não produzir algo decente desde Dangerous (início dos anos 90), o mundo sabia que, apesar de todos os desvios pessoais de conduta, Jackson ainda era um artista fenomenal, sendo impossível, nos tempos de hoje, encontrar alguém sequer similar.
O que alenta-nos é que, como tudo na vida, isso vai passar. Tomara que possamos ser agraciados o mais breve possível com um período musical como os anos 70, por exemplo. A Idade Média da música precisa acabar. Enquanto isso, contentemo-nos em assistir os antigos. Eles são infinitamente melhores!

sábado, 13 de junho de 2009

Pink

Grandes leitores do (Gol)pe de Estado, hoje vou direto ao assunto e trago para aqueles que não conhecem um pouco do insuperável Pink Floyd. A música se chama On The Turning Away e é do primeiro cd sem o Waters, vulgo A Momentary Lapse of Reason. O vídeo traz uma versão ao vivo na turnê do Pulse/1994; o interessante, porém, é que foi gravado por alguém da plateia e mesmo assim conserva uma qualidade de som impressionante.
A guitarra do Gilmour está magnífica, como sempre. Não é injustiça alguma dizer que ele é o melhor de todos os tempos. Ninguém conseguiu/consegue colocar tanta emoção nos solos como ele. Além disso, a música é extraordinária!



Aproveitem! Grande abraço a todos.