quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

mais divagações sobre futebol

Mal o ano esportivo teve início e o Grêmio já teve de engolir a seco uma derrota em GRENAL. Perder este clássico é muito dolorido, todos nós sabemos como é. Perder um GRENAL jogando melhor é pior ainda. Mas, como eu já escrevi outrora em nosso querido blog, futebol é assim mesmo, caso contrário não haveria graça nenhuma. São estas situações que permitem que este esporte exista há mais de cem anos sem perspectiva de extinção. A derrota serve para isso mesmo, e não estou me referindo ao GRENAL de Erechin. O que move o foot baal é que inexoravelmente sempre alguém perde, e a partir daí surge o sentimento de revanche, que é a mola mestra deste jogo. No ano seguinte quem perdeu pode ganhar e quem tinha sido vencedor no ano anterior vai querer sua revanche, e assim vai a coisa... para sempre. Quando eu sofro por futebol, meu pai, que tem já 55 anos (feitos hoje) sempre diz "Ô Bruno, ano que vem tem de novo, e no outro ano de novo e daqui a 50 anos vai ter de novo". É um ciclo interminável, tipo infinito mesmo. Por exemplo: Eu sabia, um dia o Inter seria campeão do mundo, era inevitável. Libertadores tem todos os anos, desde, sei lá, 1960 acho. Era evidente que um dia o Inter venceria. Um dia todos vão vencer. Vai chegar um momento que a Libertadores vai estar na 100ª edição depois 200ª, entendem, a princípio nunca vai acabar, pois cada título gera um sentimento de alegria em uns e de revanche em muitos, bem do tipo "ah é é, espera ano que vem". Por isso os gremistas estão sedentos para ganhar de novo, cobrando da direção, mesmo já tendo duas taças em casa.
O Grêmio perdeu o GRENAL na bola. Desperdiçou inúmeras chances de gol. Ofereceu um ao Inter, literalmente, e perdeu em uma jogada surpreendente. Tem derrota mais "na bola" que essa? Fica então este sentimento de "ah é é". Quem venha o próximo clássico! Se o Grêmio vencer, muda tudo outra vez. Na verdade... permanece tudo igual, para sempre.

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