domingo, 8 de março de 2009

O triste futebol do Grêmio

Mesmo com a estréia de Maxi Lopes no setor ofensivo, o Grêmio não conseguiu vencer o esforçado Santa Cruz nessa tarde de domingo e completou, de forma deprimente, 3 jogos sem vitória. Mais uma vez, o que se viu foi um Grêmio frio, triste, e visivelmente nervoso, principalmente o capitão tcheco. Sinceramente, apesar de ser evidente a parcela de culpa do técnico, não acho que este momento de crise deva ser unicamente imputado ao comandante. A direção gremista tem grande parcela de responsabilidade. Kroef e Krieger são dois omissos, ambos dirigentes de voz serena, de boa retórica, mas sem qualquer atitude concreta no vestiário. São duas almas geladas, sem aquele sentimento que se exige dos homens do futebol. Todavia, apesar disso, na minha opinião, o maior problema está em outro ponto. O Grêmio padece de um dirigente que entenda de jogador, que conheça o mercado da bola. Alguém que tenha um mínimo de senso crítico ao contratar um jogador. Talvez seja essa é a maior diferença entre o Grêmio e o Inter. Há muito tempo que eu não vejo um jogador ruim desembarcar no Beira-Rio, e quando aparece um, ele é rapidamente retirado. No Grêmio parece que ser bom não é exigência para ser contratado. Senão, o que dizer desse Diogo. É impressionante a ruindade desse jogador. Chega a dar pena. Ele não tem nenhuma qualidade. Não é a toa que era criticado no Figueirense. Mas incrivelmente, alguém o indicou para o Grêmio. Quem? Essa pessoa é que tem que ser demitida, porque não entende nada de futebol. Makelele? O cara corre, corre, e não produz nada ao time. Afobado, nervoso, ruim. Mas no Grêmio, é quase titular. Rafael Marques. Contratado como grande "coisa". Péssimo pelo alto (apesar de ser alto!!), precário na saída de bola, zagueiro lento. Este rol de "feridas" contratadas é só exemplificativo, porque no Grêmio, onde um Nunes demora 3 anos para ser mandado embora, jogador ruim tem tratamento diferenciado.

Apesar destas “nabas”, nós ainda temos que aguentar o Maxi Lopes, que nem botou a camisa tricolor, declarar que quer ir embora. É ter que ver esse Alex Mineiro, insosso, dando "migué" no ataque e o Ruy "cabeção" um jogador varzeano, jogando de munhequeira, e rebolando na comemoração dos gols. Jogadores estes que não condizem com o perfil do Grêmio.

A cada jogo do Grêmio nós vemos o sonho da Libertadores ficando mais distante, uma luz no fim do túnel cada vez menor, que se apequena ainda mais diante de tanta decepção e de uma clara dissonância do grupo que aí está com o perfil histórico do Grêmio. Assim torcida e time vão se afastando e os objetivos articulados vão ficando cada vez mais difíceis. Quarta-Feira é o último suspiro de esperança.

2 comentários:

vinícius disse...

na verdade, acima de tudo, eu acredito que falte um líder em campo.

é um fenômeno que acontece no inter. desde que muricy foi embora, o inter não teve treinador, são todos meramente ilustrativos. tite é levemente melhor que o celso roth, mas não muito mais do que isso. a diferença básica dos colorados é que eles sempre tiveram líderes dentro da equipe, gente que não aceitava perder e cobrava uma recuperação da equipe. quando essas lideranças perderam sua moral na equipe, foram substituídas. saiu fernandão e iarley, mas rapidamente chegou o álvaro.

burro é quem mandou gente como sandro goiano, pereira ou jean embora. eles tinham indignação contra derrotas, por mais que não fossem os melhores jogadores do time. o tcheco não é líder de nada. ele grita mais com a grama do que com o time. e mesmo que grite, ele não é capaz de dizer "PORRA! VAMO PRA CIMA DELES!". o souza se indigna e muito, mas durante o jogo, só com ele mesmo. ele só fala pro resto do time depois do jogo. o alex mineiro, se falar, ninguém ouve. fala baixo demais. e o réver tem técnica suficiente pra ganhar esse respeito como líder, mas é um guri, e me parece que grita pouco. o único líder possível que eu vejo é o victor, mas dar a liderança do time ao goleiro é praticamente inútil.

não existe vibração nesse grêmio. esse é o problema.

BRUNO disse...

Um dado interessante, trazido pelo jornalísta hiltor mombach, que corrobora a tese da falta de noção de quem indica jogadores para o Grêmio: O Rafael carioca, vendido (por preço de banana), ficou em 4º lugar do ranking da Placar na sua posição. Já o Diogo, contratado para substituí-lo, ficou em 60º lugar, no mesmo ranking, em comparação com o carioca. Que critério em direção. PQP!