quinta-feira, 19 de junho de 2008

(Re)construção

Começou com Abel. Um dos maiores comandantes da casamata colorada de todos os tempos deixou o Colorado com uma proposta milionária nas mãos. Treinará os árabes no Oriente Médio e usará turbantes. Tentará repetir nas terras do petróleo o sucesso que teve por aqui; obviamente que a questão financeira foi o grande motivador da saída de Abel, mas é inegável que o ambiente colorado já não estava mais propício para o nosso eterno Abelão.
Passou por Iarley. Com a saída de Abel, o grande Pedrito perdeu espaço no elenco colorado. O imenso prestígio acumulado ao longo dos 3 anos em que jogou pelo Internacional não foi suficiente para segurá-lo; há muitos jovens subindo e a renovação precisa acontecer. Iarley foi negociado com o Goiás e protagonizou uma das despedidas mais melancólicas que já se viu no Estado.
E, por último, mas não menos importante, Fernando Lúcio da Costa, vulgo Fernandão. Esse sim, não hesito dizer, o maior jogador da história centenária do Internacional. Ninguém, absolutamente ninguém, obteve tanta identificação com o clube como esse goiano. Nos 4 anos em que esteve por Porto Alegre, ganhou quase tudo e tornou-se um semi-deus. Mas até os semi-deuses não são eternos. E lá se foi Fernandão conquistar os campos petrolíferos de Dubai. Os xeques apreciarão, com certeza, o seu futebol.
Tudo isso se encaixa na reconstrução colorada. Tite chegou e trouxe consigo a suposta e esdrúxula fama de gremista (isso não existe no futebol moderno) e a vontade de vencer. Seus discursos inflamantes impregnam o vestiário colorado de esperança. Foi a melhor decisão de Carvalho e seus companheiros? Veremos na seqüência. Enquanto isso, cabe aos colorados guardar os ídolos na memória e torcer pelos novos profissionais.

Nenhum comentário: