sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Crises

O tempo em que se vive é realmente conturbado. Crises internas e externas afetam a maioria dos países que integram o bloco globalizado, gerando efeitos em todas as esferas da sociedade contemporânea. Mas não há dúvida que o recesso da economia dos Estados Unidos é o mais preocupante dos problemas. Tudo o que acontece naquele país é sentido pelos outros Estados; percebe-se que o mundo ainda é dependente do humor do sistema financeiro-econômico dos norte-americanos. Ainda é possível observar conflitos na Venezuela e na Bolívia, embora de espécies diferentes (notadamente políticos).
Na terra do tio-sam, a grande crise imobiliária do início do ano começa a ensejar reflexos nos bancos e nas seguradoras. Enormes perdas fizeram tais instituições requererem a falência junto à justiça daquele país, causando impactos profundos. O saldo da brincadeira: bolsas ao redor do mundo despencando, invenstidores segurando dinheiro e tentando vender ativos, além do anúncio de um plano de recuperação proposto pelo governo norte-americano. Se vai dar certo ou não, é impossível saber. A economia está longe de ser uma ciência previsível. Sem dúvida, a maior crise enfrentada pelos Estados Unidos desde 1929.
Na Venezuela, o governo Chávez fecha o cerco à Democracia e ao Estado de Direito. O ditador expulsou do país dirigentes de grupos internacionais de direitos humanos sob alegação de que os mesmos conspiravam contra o governo. No país das lindas mulheres, não há espaço para garantias constitucionais. As grandes conquistas do mundo moderno, ratificadas por muitos tratados internacioansi, tais como a dignidade da pessoa humana, a igualdade e a liberdade são violadas naquele lugar. Usando o grande poder de barganha que possui em virtude do petróleo, Chávez impõe a sua ditadura e outorga um governo totalitário aos venezuelanos goela a baixo.
Na Bolívia, seguindo a tendência anti-democrática de Chávez, o presidente Evo Morales prende opositores e declara estado de sítio. Pessoas são presas e mortas, estradas são bloqueadas, prejudicando o fornecimento de insumos básicos à população e a alienação de gás ao Brasil é avariada. Evo demonstra que não tem nenhuma condição de lidar com as questões de seu país e que tenta ser um discípulo de Chávez, advogando por uma nova constituinte em troca de liberdades políticas aos opositores. O problema é profundo por lá.
Enquanto isso, no Brasil, a corrida eleitoral esquenta. Até o final de outubro o país estará imerso no pleito democrático. Dentro dessa lógica, uma constatação é cabível: "que coisinha lamentável" os nossos candidatos a vereador hein?

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