sábado, 17 de maio de 2008

O Fiasco e o Recomeço

Caros leitores do (Gol)pe de Estado:
Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar pela esparsa atualização do blog nesta semana que passou. Devido a compromissos inadiáveis, este colunista não teve a oportunidade de postar sobre os acontecimentos da semana.
Com atraso, porém, gostaria de falar um pouco sobre o que aconteceu em Recife na quarta-feira passada, para tristeza de colorados e alegria de gremistas. Temos rodada do Campeonato Brasileiro neste fim de semana, mas é imperioso que algo seja dito sobre Sport X Internacional.
Precisando apenas empatar na Ilha do Retiro, o Colorado entrou em campo confiante. Os últimos resultados, expressivos, sugeriam que a vaga seria conquistada. Os jogadores mostravam-se decididos a passar de fase e o Sport não vinha tendo boas atuações, embora se soubesse que em casa o Leão quase sempre faz bons jogos.
Dentro das quatro linhas, porém, o que se viu foi um Internacional assustado e desorganizado, na maioria do jogo. Logo no início do primeiro tempo, em um dos primeiros ataques do Sport, Luisinho N. cruzou e Leandro Machado fez de cabeça, fulminante, no ângulo, sem chances para Clemer. Curiosamente, foi a partir daí que o Internacional começou a jogar.
O resultado levaria a partida para os pênaltis. O time gaúcho, então, foi para cima e não se intimidou. Insistiu tanto até que Sidnei, fazendo as vias do centro-avante que o Internacional não tem, fez 1 x 0, recebendo um passe dentro da área. Com esse resultado, o Sport precisaria fazer 2 gols para passar de fase. Parecia impossível, o Colorado era mais time, o Sport não repetiria o próprio Internacional contra o Paraná na fase anterior do certame.
Entretanto, o o primeiro tempo acabou com o time pernambucano em cima, tentando o gol, o que era natural; essa seria a tônica do jogo até o final. O que não foi natural e que decretou a derrota colorada foi a postura do time gaúcho, encolhido, sem conseguir um contra-ataque. O segundo tempo começou da mesma forma: com o Sport atacando e o Internacional se defendendo. Abel havia mandado a campo uma equipe desfigurada devido às lesões e suspensões; muitos titulares estavam de fora. Mesmo assim, era o Internacional que estava em campo; tal postura não se justificava, estava na cara que tanta pressão resultaria em gol.
Foi quando o Sport fez 2 x 1. O resultado disso foi a total desorganização colorada e uma pressão incrível do time pernambucano. Mas Deus parecia estar do lado dos colorados: L. Henrique, ex-Internacional, inexplicavelmente, deu uma cotovelada em Bustos e foi expulso. Foi aí que Abel pecou, e por omissão. O técnico poderia ter tirado um volante da equipe colorada e posto algum jogador para soltar o time (Andrezinho, por exemplo). Com um jogador a mais, o Internacional precisava de imposição física e técnica. Porém, Abel continuou com a mesma formação, defensiva, recuada, medrosa. Até que Durval cobrou uma falta perfeita no ângulo, acabando com o sonho dos Colorados.
Abel promoveu então a entrada de Iarley. Tarde demais, o jogo já estava liquidado. Para se ter uma idéia, o Internacional só deu um chute a gol no segundo tempo, e foi uma falta cobrada por Bustos aos 42 minutos. Fiasco, é o mínimo que se pode dizer.
Em meio a boatos da saída de Abel, o Internacional tenta se recompor e joga contra o Palmeiras domingo, em São Paulo. Jogo difícilimo. O Grêmio pega um Flamengo ainda costurando as feridas da eliminação da Libertadores. Será uma rodada de provações para a Dupla. Até onde podem chegar no Brasileiro?

Um comentário:

vinícius disse...

stefan. tu prefere o fernandão de atacante ou de meia?