terça-feira, 20 de maio de 2008

Meio Ambiente

Em um mundo cada vez mais preocupado com as questões ambientais, a saída da ministra do Meio Ambiente do Governo Lula é sim um fato relevante e merece ser apreciado. Destaca-se, além disso, que o Brasil possui 60% da floresta amazônica, alvo de interesses políticos e econômicos ao redor do planeta. Assim, a mudança na pasta ambiental é sumamente importante.
Ao longo dos 6 anos em que dirigiu as questões político-ambientais nacionais, Marina Silva se mostrou uma excelente ativista, mas uma não tão eficiente ministra. A pasta do Meio Ambiente requer habilidade de quem a dirigi, visto que a dicotomia preservação-investimento é extremamente complexa. Marina, todavia, mostrou-se mais preocupada em agradar os olhos internacionais das ONG's do que realmente enfrentar o desafio de não atravancar investimentos sem contribuir para a destruição do meio ambiente.
A questão dos transgênicos foi uma das mais polêmicas. A ministra fez campanha aberta para vetar a produção de tais grãos em solo brasileiro. Perdeu. Desde 2004 o Brasil é um dos maiores produtores dos grãos e hoje observa-se que a liberação foi acertada, para tristeza dos verdes.
Após o pedido de demissão da ministra, Lula agiu rápido e Carlos Minc foi anunciado. Mais pragmático, o ex-secretário do meio ambiente do governo do Rio de Janeiro é conhecido por suas posições mais razoáveis e menos radicais, permitindo a instalação de indústrias geradoras de empregos e concedendo licenças com bom senso. Veremos se agora, no âmbito federal, Minc irá continuar coerente com suas idéias anteriores. O Brasil agradeceria.

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