segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Coloradismo à Flor da Pele!

Geralmente, adoto uma posição um tanto quanto neutra em se tratando de futebol aqui no Blog. Isso acontece, em primeiro lugar, porque a proposta original era de se discutir futebol e política sem tomar a frente deste ou daquele lado (o que nem sempre acontece). Em segundo lugar, isso também decorre de uma característica minha; tenho uma tendência quase inevitável de assumir um tom conciliador em qualquer discussão.
Entretanto, os últimos fatos ocorridos com o Sport Club Internacional me fizeram repensar meu papel no Blog, ainda que de forma eventual. É preciso salientar que eu havia dito que o Internacional em 2008 era uma monótona repetição de erros e que só iria voltar a falar do Glorioso quando alguma alteração muito grande ocorresse. Pois não é que nas últimas semanas isso realmente aconteceu?
Assim, cá estou para falar um pouco do sentimento que invade o coração de toda nação colorada neste mês de Dezembro. O que se viu no último dia três no estádio Beira-Rio não foi apenas um empate heróico contra uma das equipes mais tradicionais da Argentina. Mais do que isso, o que aconteceu naquela noite foi a consagração de uma idéia de clube; foi o ápice de uma paixão que transbordava em cada colorado presente ao Beira-Rio.
O Internacional chega aos seus cem anos da melhor maneira possível. A história recente do clube mostra que, desde 2002, dez títulos foram conquistados. Convenhamos que isso é para poucos. Cinco títulos gaúchos, uma Libertadores, um Mundial, uma Recopa, uma Copa Dubai e agora a Sul-Americana. O clube se torna o único brasileiro a ostentar todos os títulos possíveis em seu currículo.
Mais do que isso, o Internacional tem, hoje, um modelo de gestão única e vencedora. Clubes do país inteiro vêm a Porto Alegre entender como esta funciona; a imprensa do centro do país se derrete em elogios; a imprensa internacional classifica o clube como o “mais internacional do Brasil” e até os nossos hermanos argentinos se curvam frente às conquistas coloradas.
O Colorado ainda conta com jogadores de luxo, como Alex, Nilmar, Guiñazu e D’Alessandro (como joga este argentino hein?). Aliás, este último trazido a preço de ouro, numa época em que nos acostumamos a ver os clubes europeus subjugar as entidades esportivas brasileiras. Pois o Internacional fez o mesmo com o San Lorenzo argentino, trazendo o craque do time para respirar os ares do Mampituba.
Nesse sentido, o que mais se repetia nos bastidores da vitória de quarta-feira era a seguinte frase: “Como é bom ser colorado”. Alfinetado por meus sempre presentes amigos gremistas em relação ao menor peso da Sul-Americana, eu faço valer um bordão clássico no futebol: o que vale é taça no armário. Clubes grandes só sobrevivem com títulos e é isso que o Internacional faz. Perdoem-me, caros amigos, mas o título vale mais do que uma vaga. Além disso, os ganhos financeiros da Copa Sul-Americana justificam qualquer interesse. P.S.: quem gosta de vaga é flanelinha!

2 comentários:

vinícius disse...

e quem gosta de sula é timeco mexicano. bom centenário na frente de telinha pra vocês.

Leandro Fonseca disse...

FLA-NE-LI-NHA!